JavaScript - eu gosto!
Na página da tiobe que mede o ranking de popularidade das linguagens, uma notícia curiosa: "JavaScript atinge o seu ranking mais alto e ultrapassa C#". Embora eu não tenha colocado javascript na minha lista das doze mais, tenho um carinho especial por linguagem. Mas não foi sempre assim.
A primeira vez que eu vi JavaScript, eu estava no colégio. Tinha um cara na sala que ficava cheio de pompa, dizendo que fazia páginas e DHTML. De vez em quando vinha ele nos mostrar códigos cheio de DIVs, LAYERS (lembram-se disso?) e uma porção de ifs, incompreensíveis pra mim. Não me empolguei com aquilo. Vendo a história, vejo que me livrei do fogo cruzado da guerra dos navegadores. Comecei a ver JavaScript com mais afinco na época que entrei no ministério. Isso porquê era mais divertido fazer a parte do JavaScript do que escrever milhares de consultas SQL, que no fim das contas, eram todas iguais.
Mas, o inesperado é que eu tomei gosto pela coisa. E a onda de ajax e web 2.0, fizeram com que muita gente, mesmo sem muito gosto, fosse obrigada a mexer com JavaScript. Ou, usar frameworks como o Google Web Toolkit, que permite que você desenvolva ajax sem escrever JavaScript. O suporte de CSS e JavaScript nos navegadores, apesar de falhos, permitem que não seja mais tão difícil escrever código crossbrowser. Melhor assim.
A partir de um link no googletron, eu fui parar no Coding Horror ( com isso, descobri de onde o Gabriel Falcão tirou o ícone que usa no talk), e acabei finalmente aqui: http://blogs.msdn.com/ericlippert/archive/2004/03/18/92422.aspx . Era uma discussão de como as pessoas poderiam usar (e usam) orientação a objetos de formas nocivas. Desse último site, gostaria de citar uma frase:
"É claro, eu posso estar sendo um pouco tendencioso. Eu gastei cinco dos últimos oito anos trabalhando com JScript quie pode ser usada como uma linguagem imperativa, orientada a objetos e linguagem funcional, e é normalmente embutida dentro de linguagens declarativas como HTML e XML (Meu colega da Netscape, Waldemar Howart, disse me uma vez que JavaScript era apenas uma outra sintaxe para Common Lisp - ele era um fã aficcionado de programação funcional).
Pensando nisso, Jscript pode ser uma linguagem pedagógica muito interessante. É muito fácil ser produtivo com pequenos scripts imperativos,ela implementa características de linguagens funcionais como closures e funções anônimas, e tem um modo interessante e não padrão de implementar Orientação a Objetos (herança de protótipos)."
Bom, eu passaria longe de Jscript, mas, apesar das complicaçõezinhas dos navegadores, acho divertido escrever JavaScript.
Para pensar:
- Já repararam como lisp influencia muita coisa por aí? Segundo Peter Norvig, Python é um 'dialeto de lisp com uma sintaze mais tradicional. Matz já afirmou a influência de Lisp sobre Ruby. Agora, nessa citação, Waldemar Howart afirma a influência de Lisp sobre JavaScript. Existe um documento que descreve a evolução de linguagem Lua, e nele é declarada a influência de Scheme sobre Lua.
- Já olharam além das 20 mais no ranking do tiobe? Em outubro do ano passado, a lista de Lua comemorava o fato de lua ter entrado em 50º lugar no tiobe . Esse mês, ela está em 25º lugar!
Para ler:
- Editor Intype - pode ser programado usando JavaScript (eles mudaram da linguagem Lua. Eu continuaria com Lua.)
- Forca em JavaScript - Uma das coisas que fiz enquanto aprendia
- EcmaScript 4 - As propostas para o ECMAScript 4.
- El Micox - Diversos exemplos de scripts